sexta-feira, 8 de julho de 2011

Receptor celular mutado pode gerar gigantesco aumento na taxa replicativa de células!



Fator de crescimento epidérmico ou EGF é um fator de crescimento que desempenha um papel importante na regulação do crescimento celular , proliferação e diferenciação por ligação ao seu receptor EGFR .A interação entre EGF e seu receptor constitui, portanto, uma via extremamente na eventual formação de tumores.


Representação estrutural de um gênero de  EFG.  
Muitos oncogenes e genes supressores de tumor gerados ou inibidos,respectivamente, por diversos fatores influenciam na produção e controle fisiológico normal desses receptores.

Um problema que pode ser citado como uma alteração negativa nessas vias oncogênicas é a atuação de uma forma mutante do receptor EGF, o RTK (Tyr-cinase), que apresenta-se ativado a todo instante nas células atingidas pela mutação supracitada e desencadeia uma cascata constante de sinalização para que a divisão celular ocorra, independente da presença de EGF, que deveria originalmente ser o estímulo principal para a atividade de replicação celular.

Na observação do tratamento de pacientes com câncer de mama, constatou-se que uma mutação no receptor HER2/neu origina uma RTK com atividade aumentada em até 100 vezes!  
Estrutura RTK zap-70 (Tyrosine-protein kinase zap-70)

Devido ao risco aumentado de câncer quando há uma desregulação de EGF, medicamentos que sejam capazes de inibi-lo, quando expresso em excesso, diminuiriam o risco de desenvolvimento cancerígeno. 
É portanto fácil concluir que o controle na atividade cinases celulares específicas podem ser de grande relevância  para o tratamento de câncer de maneira geral.


O vídeo abaixo retrata,simplificadamente, o mecanismo de ativação do receptor EGF:






Fontes:

- Lehninger, A L.; Nelson, D. and Cox, M. M., Principles of Biochemistry, 5nd edition, Worth Publishers.




Postado por Bruna Stéfany




Mutações em enzimas do Ciclo de Krebs podem levar ao desenvolvimento do Câncer



Quando uma via metabólica é desregulada de alguma maneira o resultado pode ser catastrófico e gerar diversas moléstias. Mutações em enzimas do Ciclo de Krebs, em humanos e outros mamíferos, ocorrem com pequeníssima frequência. Entretanto, caso ocorram em enzimas específicas há um desencadeamento de desenvolvimento tumoral em diversas regiões do corpo humano. 
Defeitos genéticos no gene que codifica a fumarase levam a tumores no músculo liso (leiomas) e nos rins.
Mutações na succinato-desidrogenase levam a tumores na glândula adrenal (feocromocitomas).


Estrutura do complexo formador da fumarse


Em eventuais culturas celulares em que as enzimas que catalisam  a hidratação (adição de uma molécula de água a uma ligação covalente) de fumarato e o convertem L-malato (pela fumarase); e que catalisam a conversão de Succinil-CoA a Malato (pela succinil-desidrogenase) forma mutadas, há um acúmulo de fumarato e o succinato e este acúmulo ocasiona um quadro pseudo-hipoxia nas células em que tais genes foram mutados. 

Estrutura do complexo succinato-desidrogenase



Este quadro hipoxêmico, gerado pelo acúmulo dos substratos acumulados,  induz também a ativação anormal do fator de transcrição HIF-alfa (hipoxia-inducible transcription factor) e a célula então passa a expressar os genes controlados por este fator em níveis celulares altos. Este mecanismo gerado pela falha metabólica acima é o provável responsável pela formação dos tumores citados. 

Tendo por base por base o exposto, justifica-se o motivo  de os genes codificadores da succinil desidrogenase e fumarase serem classificados como supressores de tumor.





Fontes:





Postado por  Bruna Stéfany

Cisplatina


Câncer é definido como um tumor maligno, caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais (malignas), podendo ocorrer também  a invasão  destas em órgãos e  outros tecidos do corpo, dando origem à  outros tumores, chamada de metástase.
Os  principais tratamento do câncer são a radioterapia, a cirurgia e a quimioterapia.
A quimioterapia do câncer utiliza-se tanto de compostos orgânicos (por exemplo: taxol,1 e vim-blastina,2, Figura 1) quanto de complexos metálicos (por exemplo: cisplatina 3 e carboplatina 4, Fig 1).




cisplatina começou a ser utilizado em pacientes terminais e depois com tumores como câncer de testículo e ovário. O carcinoma testicular, tornou-se curável em cerca de 80% dos casos quando submetido ao tramento com esse composto. Cisplatina é usado , como câncer de pulmão, cabeça, esôfago, estômago, linfomas, melanoma, osteossarcoma, de  mama e cérvix, alem de ser utilizado com outros esquemas terapêuticos. O nome comercial do cisplatina é “Platinil®”.


Postado por Ariane dos Santos

Bibliografia: 
Ana Paula Soares Fontes, Eloi Teixeira César e Heloisa Beraldo.